Desde a primeira vez que H.P. Lovecraft deu forma aos Grandes Anciões em sua escrita, dezenas de autores e pessoas os usaram para contarem e recontarem suas histórias. E como RPG é basicamente contar histórias e as interpretar não tardou para que esse nicho também se visse nas garras de Cthulhu, Dagon e companhia.
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Em 1981, poucos anos depois do surgimento de Dungeons & Dragons, a editora norte-americana Chaosium publicou o Call of Cthulhu, o primeiro RPG de horror da história.
Nesta obra aqueles que estavam acostumados com aventureiros destemidos, heróis galantes e magos poderosos que superavam todas as dificuldades e se mostravam superiores a tudo se viram jogados em um mundo sombrio e pouco acolhedor. Ao invés de lâminas afiadas o jogador deveria contar com sua astúcia, a magia era substituída por pesquisas e no lugar dos louros da vitória havia somente a sensação de ter sobrevivido a um perigo mortal com poucas seqüelas.
Este é o universo em que as histórias envolvendo Cthulhu e seus mitos se desenvolvem. Investigadores de polícia que se deparam com estranhos assassinatos, arqueólogos que descobrem relíquias ancestrais entre outras pessoas normais fazem às vezes de personagens jogadores. O ambiente é em geral é a cidade de Londres da Era Vitoriana sendo em algumas obras retratadas também em Boston, outro cenário utilizado por Lovecraft em suas narrativas.
Uma das mecânicas interessantes neste modo de jogo é a sanidade. Por que além dos perigos físicos enfrentados ainda existe a perda da sanidade pelo contado com os mitos e seu horror alienígena. Sendo assim em uma aventura de Cthulhu a maior vitória não é acumular tesouros, mas sobreviver aos perigos com o menor número de seqüelas. E se o personagem ultrapassar a perda desta acabará internado em um hospício balbuciando coisas sobre seres do espaço enterrados em cidades submersas.
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A extinta revista Dragão Brasil em sua edição de número 122 trouxe as regras sobre o Call of Cthulhu junto de uma aventura introdutória. Este RPG nunca chegou ao Brasil mesmo sendo um sucesso no exterior com dezenas de suplementos lançados assim como reedições do livro básico.
Agora em 2011 a editora Retropunk traz para o Brasil o livro Rastro de Cthulhu.
Rastro de Cthulhu é um jogo completo (você precisa apenas dele para jogar) ambientado na década de 1930. Suporta tanto jogos no estilo Pulp (para aventuras como Indiana Jones com um toque de horror e paisagens exóticas até textos de Robert E. Howard) quanto no estilo Purista, em aventuras de horror intelectual e medo cósmico no melhor estilo da obra de HP Lovecraft, que combinou os dois, algumas vezes na mesma estória.
Inclui uma nova visão das criaturas, cultos e deuses da literatura de Lovecraft, e indica seu uso durante o jogo. Adiciona novos históricos de personagens, e evolui o sistema de regras GUMSHOE para dar um suporte intenso à Sanidade, incorporando ao sistema o desejo dos jogadores de explorar este mundo sombrio ao risco de ficarem loucos.
Inclui três estruturas de campanhas e uma aventura introdutória, O Horror de Kingsbury.
Rastro de Cthulhu é escrito por Kenneth Hite e ilustrado por Jérôme Huguenin, foi publicado originalmente pela Pelgrane Press, sob licença da Chaosium Inc, em 2007. Recebeu dois prêmios ENnie Awards, um para Melhor Regras e outro para Melhor Escrita, além de receber um Menção Honrosa para Produto do Ano.
Editora: Retropunk
Autor: Kenneth Hite
Ilustrações: Jérôme Huguenin
Idioma: Português
Número de páginas: 250, em cores
Acabamento: Capa dura, papel couchê
Dimensões: 21 x 28 cm
ISBN: 978-85-64156-00-5
Autor: Kenneth Hite
Ilustrações: Jérôme Huguenin
Idioma: Português
Número de páginas: 250, em cores
Acabamento: Capa dura, papel couchê
Dimensões: 21 x 28 cm
ISBN: 978-85-64156-00-5
Em pré-venda aqui.
Texto sobre Rastro de Cthulhu e foto da capa retirados do site World RPG Fest.
4 Comentários (Comente aqui!):
8 de março de 2011 às 18:11
Uhul *~*
jogar o RPG do Cthulhu deve ser perturbador, sério.
Ótima matéria, Guto. E eu adorei o emoticon xD
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8 de março de 2011 às 18:50
Caramba fui ver o preço do livro, Chu é caro o negócio.
Mas adorei o post, acho q nunca é tarde pra começar, apesar de não ter mais idade pra isso, me interessei pelo Rastro de Cthulhu.
Depois quero falar contigo pra vc me explicar melhor isso, sou uma senhora e não entende muito bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
8 de março de 2011 às 21:39
Meu Deus, sou uma completa leiga em RPG.
Mas eu lembro da Dragão Brasil! Tinha uma amiga que adorava, ela que me apresentou RPG.
Esse Chuchu *apelidou geral,UASHHAS* é de assustar, omg ç__ç
imagina o rpg!
Se garantiu na matéria, maninho!
10 de março de 2011 às 23:59
RPG.
Sinto falta das minhas tardes de jogos insanos hehe. Mas pode ter certeza que após ler esse post, assim que eu tiver uma oportunidade irei unir a galera novamente para se aventurar no universo do "Chuchu" kkk desculpa não resiste.
Parabéns pela pesquisa Chefe
fico muito feliz em fazer parte dessa familia
Abraços
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