CONTO - As Crônicas dos Redentores - O Reinado Sombrio - Prólogo

| sábado, 12 de março de 2011 | |
Para inaugurar esta secção do A Few of Dark o prólogo de um futuro projeto meu a ser desenvolvido em breve. A todos que o lerem espero que gostem e se divirtam com esse novo tema por mim abordado. Ao fim deste pequeno fragmento há o link para o download da versão completa em .pdf.


As Crônicas dos Redentores O Reinado Sombrio Prólogo

Em 476 d.C. o Império Romano caiu ante a maior incursão de seres das trevas desde a morte do Messias. Por toda extensão de suas terras hordas inteiras de vampiros, demônios, espectros e outros seres inimagináveis levaram a dor, violação e, quando misericordiosos, a morte.

Mais fortes em porte físico e místico, eles sobrepujaram exércitos inteiros que se colocaram em seus caminhos. Matilhas inteiras de lobisomens avançavam sobre as falanges romanas, chocando-se contra suas lanças e escudos como se fossem folhas de árvores e galhos secos. Os temíveis behemoths sopravam suas chamas infernais com insistência sobre os batalhões em formação de ataque, espalhando corpos calcinados pelo campo de batalha. Vampiros furtivamente destruíam as tropas durante a noite, em meio aos sonhos obscenos dos soldados lhes davam pesadelos sangrentos e uma agonizante partida para o Inferno.

Vítimas de sua própria arrogância e prepotência os romanos e seu Imperador se afogaram no sangue de seus habitantes enquanto as belas construções de Roma eram incendiadas e profanadas. As florestas tornaram-se arremedos do que um dia já haviam sido restando somente uma porção ínfima de árvores retorcidas e desfolhadas. O chão se tornava ácido impedido que a vida brotasse naquelas paragens e a água transmutou-se em veneno mortal para qualquer humano.

Sob os restos cinzentos da cidade se erguia Oblivion, a sede e o nome do reino sombrio de Sephkur, O Sussurrador, o maior e mais temido de todos os seres que já haviam pisado no mundo. Em pouco tempo toda a Europa já estava completamente dominada pelas forças malignas dele, instaurando assim uma Idade das Trevas no continente.

Os humanos eram tratados como gado por uns e como escória por outros. Homens eram forçados a trabalhar insistentemente na construção dos templos malditos dos invasores que ostentavam poder e crueldade usando pessoais ainda vivas como objetos de decoração em seus palácios. As mulheres existiam somente para satisfazerem os prazeres mais obscuros e repugnantes deles, muitas morrendo no processo ou enlouquecendo permanentemente. As crianças eram vistas como brinquedos pelos mais sádicos e doentios dentre os seres que lá existiam e os velhos simplesmente dados como comida para as feras infernais que faziam parte das fileiras inimigas.

Os invasores transformaram as poucas cidades que não haviam corrompido, queimado ou demolido em campos de concentração e procriação. Neles os humanos que não haviam sido escravizados viviam apenas para a engorda, as fêmeas apenas para acasalarem e parirem aos montes. Os filhos eram então separados em grupos que se tornariam iguarias para algum dos Senhores das Sombras, os depravados seres que na sombria hierarquia deles estava apenas abaixo de Sephkur e controlavam imensos pedaços de terra, e aqueles que se tornariam futuros reprodutores ou escravos.

As fugas eram praticamente raras, tanto pela vigilância sob a qual os prisioneiros eram mantidos quanto pelo fato de não haver praticamente lugar algum para onde correr. Muitas vezes aqueles que fugiam não eram capazes de chegar longe o bastante por serem caçados pelos sabujos demoníacos ou enredados em feitiços tecidos por bruxas que os prendiam em barreiras tão solidas quanto aço.

Aqueles afortunados que eram capazes de alcançar o litoral se viam praticamente em liberdade, pois estranhamente os inimigos não eram capazes de atravessar água salgada. Se sobrevivessem ao nado, aos tubarões e os outros perigos do mar conseguiam atingir lugares onde poderiam recomeçar suas vidas. Assim nas ilhas próximas da Europa a vida continuou, relativamente, normal.


Para ler o restante do prólogo clique e faça o download aqui.

6 Comentários (Comente aqui!):

Books, Friends & News Says:
13 de março de 2011 às 00:55

Maninho adorei o texto, mas cadê ChuChu ???

Agora falando sério, esse projeto tem um grande futuro, apesar de ser forte o tema, acho que tem ricos elementos para uma grande história.

parabéns

Sunny Says:
13 de março de 2011 às 12:17

Guto, parabéns mais um ótimo projeto.
Realmente marcante, um texto bastante crítico, que expõe com clareza fatos e visões que infelizmente estão intrínsecos em nossa própria realidade, realmente forte e rico em detalhes.

Rafael Sales Says:
15 de março de 2011 às 01:24

Nota-se tamanha evolução no modo como o autor Gutemberg Fernandes obteve em tão pouco tempo.
Desde o primeiro capitulo de Contos Perdidos de Mórien, até esse exímio conto

Não resta duvida que temos um talentoso e habilidoso escritor em nosso solo.
As cenas descritas, a narração em si, detalhes primorosos. Um misto bem constituído de realidade e ficção. Elementos colocados de modo divino.

Me sinto honrado de poder ter ao meu lado, como parceiro, chefe, afilhado, amigo, um rapaz tão jovem (como se eu fosse tão velho hehe) e com uma evolução significativa que sem sombra de duvidas acrescentará e muito em nossa literatura

Parabéns a você Guto
Não desejarei sucesso, pois isso já é fato consumado.

E eu quero a continuação da Crônica hein!!!!

Grande abraço

Rafael Sales
www.projeto-penumbra.blogspot.com

Says:
15 de março de 2011 às 09:37

Guuu... que livro é esse? MY GOD! Fiquei louca já no prólogo *----------*

Adoro livros sombrios e cheios de mistérios... "As Crônicas do Redentores" promete \o/

Amei <3

Parabéns... vc prova a cada dia mais o quanto vc é talentoso!!! Mais um sucesso a vista

=***

Paula Duda Says:
8 de abril de 2011 às 17:34

Oiii!
Nossa, como eu disse pra você no twitter, eu adorei o enredo...
Simplesmente surpreendente, inovador, soturno, sombrio e forte.
Enquanto lia o prólogo me dava uma certa agonia, porém com aquele toque de realidade e a capacidade de imaginar o que é descrito como se ocorresse na minha frente.

Gosto muito do jeito que você escreve, principalmente as palavras que usa, soando culto, chique xD sem ser exagerado, ou seja, é um texto de fácil entendimento mas nunca pobre.

Estou muito animada para ler seus livros, adorei mesmo!

Beijones

Unknown Says:
14 de abril de 2011 às 12:11

Seu texto evoluiu bastante, meu querido! Está ótimo!

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