CONTO - Brumas e Chamas

| sexta-feira, 15 de abril de 2011 | |
Bom galera, geralmente sexta-feira é dia de postar sobre filmes no A Few of Dark. Porém essa semana por motivos escusos e de auto-promoção irei postar a resenha de "Entrevista com o Vampiro", que deveria ter saído na semana passada, amanhã a noite.

Mas a ausência da resenha do filme, apresento um conto de minha autoria escrito para apreciação na seleção para a antologia Deus Ex Machina. Com o título de "Brumas e Chamas", o conto é uma tentativa de mostrar a participação de anjos e demônios, assim como suas guerras, num contexto Steampunk. Tendo em vista a desaprovação dele por parte da organização da antologia hoje posto o que será o primeiro capítulo de uma mini-série. Espero que gostem.


Brumas e Chamas 


Fazia tempo desde a última vez que havíamos nos encontrado. Fora ainda naquele período da história em que os humanos teimam em chamar de Idade Média; Idade das Trevas sempre combinou mais para mim, e creio que para ele também.

Era o ano de 1500 e estávamos na Espanha no desabrochar de sua Inquisição, em meio a conflitos sangrentos motivados pela intolerância religiosa e racial implantada pelo Caído e ampliada por padres, bispos e cardeais egoístas e pervertidos. Ele se fartava com aquilo, também pudera a própria Igreja de Cristo naqueles anos se preocupava mais com a sua figura do que com a do Salvador. O Todo-Poderoso, então, me enviou para aquele pardieiro que era Sevilha a fim de destronar meu irmão sombrio, outrora guardião da Luz.

Nossa batalha foi ferrenha. Ele lançava sobre mim hordas e mais hordas de demônios menores, assim como humanos que utilizava como peões em seu intricado jogo de xadrez com Deus. Naquele instante, eu era a torre que deveria por fim àquele avanço e assim o fiz. Não sem dificuldades, mas o fiz.

Infelizmente, não fui forte o bastante para destruí-lo como era minha obrigação e, mais uma vez, ele fugiu e se escondeu. Samael, contudo, havia sido bom o bastante para conseguir engendrar seus planos e a Inquisição durou mais alguns séculos, mesmo com o Todo-Poderoso sussurrando, dia e noite, nos ouvidos de cada Papa que se sentava no Vaticano, que aquilo era errado Maldito livre-arbítrio.
O mundo ficou por cerca de trezentos e poucos anos em suas mesquinharias, com seres infernais de pouco importância brotando aqui e ali; potências econômicas e militares surgindo e sangue sendo derramado como se fosse água no novo mundo. Mas nada da participação dele em qualquer atividade humana.

Assim veio a Revolução Industrial ou a Era do Vapor, como a chamamos na Cidadela de Prata. O povo saiu dos campos e foi infestar as cidades como moscas varejeiras sobre corpos mortos e também os demônios retornaram com força e números. Ao menos agora o local do confronto não era nada mal: Londres, Inglaterra.


Para ler o restante do conto faça o download aqui.

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